Autor: Johanna Basford
Editora: Sextante
Sinopse:
Em meio às ruínas de um hospital militar soviético no norte da Hungria, Pitkin e Tamás procuram antigos suprimentos e armas que possam vender no mercado negro, até que acabam encontrando algo mais valioso do que poderiam imaginar. Ali está a esperança dos meninos ciganos de deixar a pobreza, de quitar as dívidas da família, quem sabe de se livrar um pouco do preconceito que sofre o seu povo. Porém, suas boas intenções podem provocar a morte de um número alarmante de pessoas.
Na Dinamarca, a enfermeira Nina Borg também se preocupa com o bem-estar dos desfavorecidos, e por isso colocará sua vida em risco mais uma vez. Chamada às pressas para cuidar de um grupo de ciganos húngaros, ela descobre uma doença misteriosa que se espalha de forma implacável. Ao investigar o caso, percebe que há algo de podre em toda aquela história, um segredo perigoso, guardado a sete chaves pelos imigrantes, que pode envolver terrorismo e fanatismo.
Nesta continuação de O menino da mala, Nina acabará colocando sua família na mira de criminosos e se verá diante de uma crise sem precedentes que mobilizará o país.
Minhas Impressões:
Eu sei que vocês já estão cansados de saber, porém, mais uma vez eu escolhi o livro pela capa. E mais uma vez deu certo. A história é incrível e não me arrependi.
Pra começar, infelizmente não tem foto, o livro chegou todo envolto em ataduras e esparadrapos. Achei genial. Tudo a ver com a trama do livro.
Outra coisa que precisa ser dita, li em muitos blogs que esse livro é a continuação de O Menino da Mala. Não é verdade. O que temos é o mesmo personagem: a enfermeira Nina. Fora isso temos toda uma nova história sem nada depender do livro anterior, os livros não são interligados.
Um dos motivos de querer ler o livro, foi que ao ler a sinopse, vi que trata sobre o povo cigano ou Romani e eu sou super interessada na história de outros povos. Origem, cultura, tudo! Então seria uma ótima oportunidade para aprender um pouco sobre algo novo.
Aprendi que esse povo vive em condições muito difíceis na Europa, em algo similares à favelas. Não é algo que passa muito pela nossa cabeça. A gente sempre acha que por ser um país de primeiro mundo, todo mundo vive bem, que ninguém vive em condições de miséria, mas não é bem assim e vamos ver toda essa realidade através do personagem Tamás.
Ele vive em na Hungria, mas nem de longe é aquela Europa linda e histórica que pensamos conhecer. Ele vive com a sua família em condições de miséria, fome, uma vida dura e sofrida repleta de muitos preconceitos e intolerância.
E isso vai permear todo o livro. Não quero falar muito pra não soltar spoilers. Mas se tem uma coisa que não vou aceitar nunca é isso: preconceito e intolerância. Acho que por isso gostei tanto do livro, por abordar esses assuntos sempre tão complicados. O livro trata ainda de tráfico de pessoas, sequestro, abuso sexual, assassinatos. E se você pensar que já tem muito disso tudo no mundo real, pra quê ler um livro com esses assuntos? Eu te respondo: é assim que a gente pode fazer a nossa parte e mudar nosso quintal e se cada um mudar o seu quintal, mudamos o mundo. Mas isso é assunto para outro post e em breve vamos falar sobre o que cada um de nós pode fazer para cuidar do nosso quintal.
Claro que a narrativa é intensa, elétrica e eu diria alucinante. Não te deixa largar o livro, você quer ler de uma vez só e comigo foi muito intenso por conta dos assuntos tratados, me incomodava muito.
Recomendo que leiam, que não sofram tanto quanto eu sofri. E que principalmente, que o livro cause alguma reflexão. Se causar, só por isso já valeu a pena escrever esse texto.
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Título: Morte Invisível.
Autoras: Lenne Kaaberbøl e Agnete Friis.
Ano: 2015
Editora: Arqueiro
Páginas: 320
Um enorme shopping estava prestes a ser construído na cidade americana de Seattle, mas no meio do terreno havia a casinha de Edith Wilson Macefield, uma velhinha durona que estava decidida a não arredar pé dali. Quando o responsável pela obra, Barry Martin, foi conversar com ela, todos acreditaram que iria convencê-la a mudar de ideia. Mas estavam redondamente enganados.
Nesta emocionante e singela história real — que serviu de inspiração para uma campanha de divulgação do filme Up: Altas aventuras —, Barry conta como nasceu a inusitada amizade entre ele e Edith, e as lições de vida que aprendeu com ela.
Minhas Impressões:
O principal motivo que me fez escolher esse livro, foi saber que o filme Up! tinha alguma coisa a ver com essa história. Sou totalmente louca, apaixonada por esse filme. E amo aquela imagem da casa com os balões. Pois bem, quando vi a capa do livro logo associei ao filme e li a sinopse. Não pensei duas vezes ao escolhê-lo e não me arrependi.
Eu adoro conversar com pessoas mais velhas. Desde criança sempre estive em meio a pessoa bem mais velhas que eu e isso me fez perceber desde cedo como essas pessoas tem algo pra nos ensinar com suas histórias e suas experiências ao logo da vida.
Durante toda a leitura desse livro, eu só conseguia pensar na minha avó. Ela e Edith tem várias coisas em comum: independência, mal humorada algumas vezes mas carinhosíssimas com quem merece seu carinho. E sempre tem uma lição de vida a dar, algo pra ensinar, algo pra você aprender.
Edith é uma mulher notável, independente, determinada e muito decidida. Fiquei completamente apaixonada por suas histórias, toda a sua vida, tudo o que ela viveu e o mundo que conheceu. Ao mesmo tempo fiquei encantada com sua determinação em não aceitar as propostas de milhares de dólares que fizeram pela sua casa e decidir que era naquela casa, a casa dela que ela queria viver até morrer.
Esse é um daqueles livros que te deixam pensando na vida, que te fazem pensar nas suas atitudes perante o mundo e as pessoas. A amizade entre Edith e Barry, por mais improvável que possa parecer para alguns, pra mim foi algo natural e esperado. Aconteceu no tempo certo, na hora certa e foi fundamental para ambos. Barry aprendeu muito com Edith e deu muito em troca.
Fique extremamente comovida com esse relacionamento, como a amizade foi importante para ambos. Como Barry cuida de Edith com tanta dedicação e carinho. Fiquei pensando em quantos filhos não tem paciência com pais idosos e os largam em asilos. Não vivem com eles até o fim dos seus dias, não desfrutam da sua experiência, do seu carinho, do seu aprendizado e não dão o que receberam dos pais a vida inteira.
Edith ficou no meu coração e fiquei pensando como eu também gostaria de ter conhecido a sua casa e de viver uma amizade como a dela e de Barry. Fiquei um pouco incomodada por Barry não acreditar muito nas histórias que Edith lhe contava. Não duvidei de nada nem por um segundo.
Recomendo esse livro para pessoas de todas as idades. Vale muito a pena a sua leitura.
Bjks e até a próxima.
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Título: Uma casa no meio do caminho
Autor: Barry Martin e Philip Lerman
Ano: 2015
Páginas: 240
Editora: Sextante